Uma pesquisa qualitativa da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, foi divulgada recentemente mostrando uma mudança no perfil dos moradores da periferia. De modo geral, essa faixa da população está mais conservadora e isso se reflete necessariamente na questão política, tendo parado de votar nos partidos de esquerda.
Segundo ele, “a pesquisa é insumo para um debate importante sobre as mudanças nas periferias da cidade, nas formas de entender os governos e a política, os valores e o futuro”.
Para o especialista, há uma mudança nas camadas mais pobres, influenciado pela questão religiosa. “É um voto que concebe o mundo a partir da proximidade, da relação pessoal, da confiança na ética do candidato, um voto próximo e moral. Que por isso sempre esteve muito próximo das igrejas, espaços altamente politizados. E sabemos que a expansão pentecostal é muito mais conservadora que progressista, ao contrário das comunidades de base católicas”.
Ao ponderar sobre o crescimento dos evangélicos no país, sobretudo nas comunidade mais pobres, ele aponta que os valores liberais, no sentido político do termo, “encontrou, no pentecostalismo, um solo muito fértil de desenvolvimento”. Isso é refletido, em parte, pela teologia da prosperidade que de muitas maneiras estimula o fiel a empreender, se tornar seu próprio patrão.
Sendo assim, a estratégia das esquerdas é disputar com elas “os espaços políticos estratégicos”, pois se não o fizerem irão perder ainda mais presença nas periferias.
Evangélicos de esquerda
De certa maneira isso já tem acontecido, com movimentos “de esquerda” se fortalecendo dentro de segmentos evangélicos no Brasil.
Contudo, essa parece ser uma tendência mundial. O pastor Sam Rohrer, da Associação de Pastores Americanos (APA), veio a público recentemente denunciar essa “esquerda religiosa”, que está induzindo as pessoas ao erro.
Rohrer acredita que os ativistas religiosos que se dizem liberais e defendem o casamento homoafetivo, aborto e outras ideias que contrariam frontalmente o que a Bíblia diz, são “falsos profetas” e “falso mestres”. Não importa os títulos que eles detenham, insiste o representante da Associação, eles ficam “pinçando” versículos e usando de uma retórica mais calcada em Marx que em Jesus.
Muito interessante o texto. Isso deve nos deixar alertas para as investidas de setores da sociedade que vê os evangélicos de forma estratégica e como massa de manobra de seus alvo para atingir objetivos de poder.
Somos muito mais que isso. Proclamamos o evangelho que é a palavra de Deus para a salvação do mundo, e isso esses intelectuais esquerdopatas na entendem.