Nosso Deus tem critérios que passam longe, bem longe da nossa mente finita e limitada. Antes que você pense que estou me referindo ao coronel “pavio curto” do Ceará, quero tranquilizar que esse Ciro é outro bem diferente. Depois de uma campanha eleitoral acirrada e marcada por agressões e até um grave atentado ao presidenciável do PSL (ainda não explicado devidamente), os palanques devem ser desarmados e o Brasil pacificado. O Bolsonaro foi eleito pela maioria e democracia é isso, aceitar o resultado das urnas mesmo que esse não tenha sido o seu desejo. A partir de 2019, o Bolsonaro será presidente de todos os brasileiros e ficar torcendo contra é o mesmo que embarcar em um avião e desejar que o piloto tenha problemas durante o voo. Ou seja, todos irão sofrer as consequências, até quem não gosta do piloto.

Mas, vamos falar do “novo Ciro”. Por Seus desígnios insondáveis, Deus escolheu um rei gentil (que não era judeu) para libertar Seu povo do cativeiro Babilônico. Uma história com lições preciosas e cuja mensagem central é o Deus que usa as coisas loucas e desprezíveis deste mundo para envergonhar as sábias e executar Sua soberana vontade. No primeiro ano do reinado de Ciro II, rei da Pérsia, mais conhecido como “Ciro, o grande”, aconteceu o inusitado, o impensável: Ciro decretou o fim do cativeiro dos judeus na Babilônia. O decreto real de Ciro autorizava os judeus, que haviam sido levados cativos para a Babilônia por Nabucodonosor, a regressar à terra de Judá e mais, determinava que fosse reconstruído o Templo do Senhor em Jerusalém. Creio que a obra foi do Espírito Santo que despertou o coração do homem mais poderoso do mundo para então para libertar o Seu povo. Desta vez Deus não usou um judeu, como aconteceu quando Ele libertou Seu povo do Egito e levantou Moisés para liderar o êxodo. Desta vez Deus usou um considerado “opressor” para libertar os hebreus.

Assim que Ciro conquistou a Babilônia, ele reconheceu que o Senhor dos céus havia dado a ele (Ciro) o poder e disse que foi o próprio Deus quem o encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém. Desta forma Ciro editou um decreto que determinava uma série de providencias para que se cumprisse a vontade do Senhor. A primeira parte do decreto real exaltava o Senhor Deus dos céus, para depois determinar que os judeus subissem a Jerusalém de Judá e edificasse a Casa do Senhor Deus de Israel. Não ficou só nisso. Ciro determinou que os vizinhos dos hebreus deveriam ajudá-los com ouro, prata, bens e gado, além de ofertas voluntárias para a Casa de Deus em Jerusalém.
Além disso, todos os que habitavam nos arredores, deveriam ajudar os judeus com vasos de prata, ouro, bens, gado e coisas preciosas, independentemente de tudo o que voluntariamente já havia sido dado aos escravos libertos. O próprio rei fez sua parte e tirou os utensílios da Casa do Senhor, que haviam sido levados à Babilônia por Nabucodonosor e que tinham sido postos na casa de seus deuses. Tudo foi devidamente contado pelo tesoureiro real. Foram cinco mil e quatrocentos objetos de ouro e prata devolvidos aos judeus, levados de volta a Jerusalém pelo príncipe de Judá.
Tudo foi feito de acordo com o decreto de Ciro. Você pode questionar: como Deus usou um rei considerado “opressor” para libertar Seu povo? Não havia nenhum “Moisés” entre os judeus? Pois é. Deus não se prende a limitações do libertador. Quando Deus quer é assim. O profeta Isaías diz o seguinte de Ciro: “que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: tu serás edificada; e ao templo: tu serás fundado” (Isaías 44:28). Ciro é chamado pelo Senhor de “meu pastor” e que cumpriria tudo o que Ele lhe determinasse.
O profeta Jeremias também escreveu: “assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão” (Isaías 45:1). Deus exaltou grandemente Ciro, antes de usá-lo para libertar Seu povo. O método de Deus com Ciro foi engrandecê-lo de tal forma que ele próprio reconhecesse que somente o Senhor Deus dos céus poderia ter feito tudo aquilo e este reconhecimento gerou em Ciro a gratidão, responsável pela revelação de Deus em sua vida. Essa é a equação que faz toda diferença.
O fato é que Deus escolhe Seus próprios caminhos para cumprir Seus propósitos. Ele é Soberano, Ele sabe a melhor forma e quem usar para executar Seus planos. De todas as lições que se pode extrair do texto, talvez a mais preciosa seja aquela lá do Novo Testamento que diz: “mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele” (1 Coríntios 1:27-29).
Qualquer semelhança com a realidade brasileira pode até ser mera coincidência. Mas, nessa campanha eleitoral eu vi um candidato citar várias vezes o texto bíblico: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Vi também um candidato colocar Deus em seu slogan de campanha: “Brasil acima de tudo. Deus acima de Todos”. Parafraseando uma frase bastante conhecida: “pela primeira vez na história desse País” eu vi um presidente eleito orar antes de fazer seu pronunciamento da vitória.
Vi esse candidato agradecer a Deus em primeiro lugar e reconhecer que estava vivo por um milagre (por conta do atentado sofrido). Assisti também esse mesmo candidato colocar a Bíblia na mesa e dizer que vai governar o País respeitando o livro sagrado e a constituição federal. Ao longo da campanha, também ouvi declarações desse mesmo candidato que estaria cumprindo uma missão divina, se caso fosse eleito presidente. Lembrando ainda que sua esposa, Michelle Bolsonaro é uma cristã atuante e com testemunho digno de serva de Deus .
Uma coisa o candidato Jair Messias Bolsonaro deixou claro. É um homem de família e temente a Deus. Ele não é o “Messias” dos judeus, muito longe disso. Também não é o nosso incomparável “Messias” Jesus. Ele é simplesmente um homem comum que curiosamente carrega o “Messias” (alguém muito esperado) no próprio nome. Um líder que já sinalizou uma aproximação com Israel. Ótimo sinal para quem conhece as escrituras sagradas, afinal é um ato profético: “orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam” (Salmos 122:6).
Um homem conservador e de princípios que foi escolhido pelo próprio Deus para libertar um povo oprimido. Resta agora aos cristãos orarem pelo presidente eleito. Pedir sabedoria, discernimento e livramento. Para quem não votou no vencedor, recomendo a tolerância e paciência para aguardar os acontecimentos. Só o tempo irá revelar se o Bolsonaro será, ou não, o “novo Ciro” da história.
Que Deus continue olhando com olhos misericordiosos para a nação brasileira.
Amém!