Pesquisas em laboratório. Foto: Reprodução/Internet

Cientistas criam anticorpos que bloqueiam ação do coronavírus em testes in vitro

Pesquisadores da Holanda e da Alemanha conseguiram produzir, em laboratório, anticorpos capazes de bloquear a ação do vírus que razão a Covid-19. A técnica que eles empregaram já é utilizada em larga graduação para produzir medicamentos contra outras doenças, o que abre a possibilidade de que essas moléculas também sejam usadas contra a novidade moléstia, que matou ao menos 250 milénio pessoas no mundo todo até agora.

Sob a liderança de Frank Grosveld, do Meio Médico Erasmus, e Berend-Jan Bosch, da Universidade de Utrecht (ambas instituições holandesas), o grupo de cientistas acaba de publicar seu trabalho na revista especializada Nature Communications.

Pesquisas em laboratório Foto: Reprodução/Internet
Pesquisas em laboratório
Foto: Reprodução/Internet

A molécula que obtiveram recebe a designação de anticorpo monoclonal. Isso significa que ela foi produzida a partir de clones de uma única célula (daí o termo “monoclonal”, ou “um clone”). Outrossim, os anticorpos monoclonais também se conectam a uma única região de moléculas estranhas ao organização para neutralizá-la. Seu uso para combater diferentes tipos de cancro, atacando somente as células tumorais, tem se tornado cada vez mais generalidade.

Os anticorpos monoclonais do estudo europeu foram criados com o objetivo de neutralizar a chamada proteína S (do inglês “spike”, ou espícula), o gancho molecular usado pelo coronavírus Sars-CoV-2 para se conectar à superfície das células humanas. Imagina-se que, barrando a ação da proteína S, o vírus não conseguiria invadir as células, o que impediria a infecção.

Para atingir esse objetivo, o grupo trabalhou com camundongos transgênicos, dos quais organização é capaz de produzir anticorpos cuja constituição é parcialmente similar à dos anticorpos humanos. Tais animais forma inoculados com a proteína S do coronavírus, de modo a estimular a produção dos anticorpos contra ela em seu corpo —um processo idêntico à vacinação de seres humanos.

Os anticorpos monoclonais produzidos pelos camundongos foram “formatados” para assumir uma feitio molecular plenamente patível com o organização humano e passaram a ser testados em contato direto com a proteína S e com uma linhagem de células de macacos muito usada em laboratório.

Nesses testes, as moléculas se mostraram capazes de barrar a ingresso do Sars-CoV-2 e de um parente dele, o Sars-CoV (ocasionador da epidemia de Sars, outra doença respiratória, no primícias deste século), nas células. Curiosamente, não está simples porquê o novo anticorpo monoclonal faz isso: a proteína S continuou conseguindo se vincular à “fechadura” que usa para invadir as células mas, apesar disso, os vírus não eram mais capazes de entrar.

Além de tentar explicar qual é o mecanismo protetor trazido pelos anticorpos, os pesquisadores também precisam verificar porquê eles funcionariam em pacientes humanos, já que, por enquanto, as moléculas só foram testadas com culturas de células em laboratório. Segundo os pesquisadores, o anticorpo monoclonal tem potencial para ser utilizado tanto em diagnósticos da doença quanto para fins terapêuticos.

 

Fonte: Fatos Recentes

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